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Porque Deus criou o homem? Não foi porque estava solitário, haja vista que o Senhor Jesus e o Espírito estão desde o princípio com Deus Pai. Podemos entender que Deus basta a si mesmo e que, portanto, não há nenhuma necessidade a ser satisfeita. Deus não criou o homem porque precisava da sua atenção ou adoração, pois os seres celestiais já faziam isto desde que foram criados. A única resposta possível e admissível é que ele criou o homem simplesmente porque assim desejou fazê-lo. No entanto, Deus não faz nada sem um objetivo lógico e concreto. Ele criou o homem e todas as demais coisas para o louvor da sua glória; é na sua criação e por todas as criaturas que criou, que o Criador deve ser exaltado.

De forma geral, o pecado entrou no mundo para interferir neste reconhecimento da glória, do brilho, do resplendor do Senhor. O homem queria ser “igual” a Deus, conhecedor do bem e do mal e nesta tentação sua alma sucumbiu (Gn 3.5); desta maneira, a glória não estaria mais voltada para o criador, e sim para sua criatura, pecado que de original não tem nada, haja vista que Satanás foi o primeiro a acolhê-lo em seu coração (Mt 4.9). 

Desde o princípio o homem foge de reconhecer e render a glória devida ao Senhor e, por isto, profetas são levantados para “lembrar” os homens dos seus deveres básicos a fim de que realmente entendam seu papel neste mundo. O salmista conclama seus irmãos para que se voltem ao Senhor, que tributem a glória devida ao seu nome, que louvem o Todo Poderoso por sua benignidade e misericórdia. Este salmo tem três movimentos bem definidos: 1) Louvar a Deus porque ele é onisciente (v. 1 a 5). Ele conhece nossa capacidade e nosso coração, por isto todo o esforço deve ser empregado nesta tarefa de adoração; ele conhece nossa natureza e sabe que, por causa do pecado, somos inclinados para o mal e por isto devemos reconhecer sua verdade e fidelidade; ele sabe que somos injustos, e quer que sua justiça seja reconhecida.  2) Louvar a Deus porque ele é onipotente (v.6 a 12). Ele criou todas as coisas  – visíveis e invisíveis; ele domina e controla a natureza; ele deve ser adorado por todos os reinos e pessoas deste mundo; ele interfere nos planos dos homens; ele faz o que bem lhe apraz; ele é a felicidade da nação que ele escolheu. 3)  Louvar a Deus porque ele é onipresente (13 a 19). Ele está presente nos céus, mas também está presente neste mundo; ele vê o coração, as intenções e desejos das suas criaturas; ele não tem quem possa ser seu oponente digno, que tenha a mesma força e poder; ele está atento aos que o buscam, os que se submetem, os que esperam em sua misericórdia e, no tempo da morte ou da angústia, o Senhor preserva suas vidas. 

O propósito da minha e da sua vida é glorificar a Deus. Glorificá-lo por seus atributos, por sua graça, por sua misericórdia. Glorificar vai além de reconhecer, de tributar louvor: é uma expressão de vida! É quando nossa vida é dedicada a servir, a honrar, a testemunhar o Senhor em tudo o que somos, falamos e sentimos. Glorificar é depositar todas as nossas esperanças e confiar que o Senhor vai nos estender sua mão (v.20 a 22). 

Vamos cumprir o propósito da nossa vida? 

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel

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