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Quero traçar alguns paralelos entre este texto e a conjuntura que estamos vivendo. Veja que o texto fala a respeito de algumas pessoas pertencentes à mesma família – a família da fé – reunidas em um único lugar; veja que elas estão isoladas das outras pessoas por opção própria; elas estavam desnorteadas sobre o futuro, o que fazer e o que esperar.

Ao olhar para este tempo de isolamento social que vivemos, é impossível não nos identificarmos com os discípulos de Jesus. Coisas ruins abateram-se sobre eles – a morte de Cristo, a perseguição dos judeus, a má fama adquirida por ser discípulo de Jesus. Eles poderiam ser presos a qualquer momento, poderiam ser crucificados como Jesus ou poderiam morrer por estarem “infectados” com a sua doutrina. 

Note que o isolamento deles e o nosso também tem o mesmo fundamento – o medo. Eles estavam com medo dos judeus e nós com medo do vírus. Medo é algo sério. Medo na medida certa é capaz de preservar a própria vida e salvar outras, de colocar distância correta entre as pessoas a fim de não se contaminarem, de não oferecerem perigo umas às outras. Já a ausência do medo não pode ser caracterizada como coragem, mas sim como insanidade e inconseqüência. O fio que separa a coragem da loucura é muito fino e tênue. Os discípulos foram cautelosos, preservaram suas vidas, evitaram  sair em público – e tinham razão em proceder assim.

Quando, então, o medo deve ser vencido? Quando quebrar o isolamento social? Quando sair às ruas se tornará seguro? O próprio texto revela duas condições: 1) Quando Jesus revelar que é seguro; 2) quando a paz invadir nosso coração e nos convencer que é tempo de sair. A primeira condição não está vinculada a fé pessoal de quem quer que seja. Rompantes de fé podem causar grandes problemas para o povo do Senhor. Soube da história de dois pastores norte americanos que não deram a devida importância ao isolamento social e morreram por causa do vírus: Bishop Gerald O. Glenn e Landon Spradlin; este último afirmou que toda esta movimentação era “histeria”. Eles colocaram suas vidas e a das ovelhas sob seus cuidados em grande perigo.

Quero deixar bem claro no que acredito: 1) Jesus está ao seu, ao meu, ao nosso lado neste tempo todo. Ele tem um propósito para esta situação e no tempo certo isto vai ser revelado plenamente. 2) Precisamos esperar o tempo em que a paz inunde nosso coração para então podermos sair do isolamento. Neste ponto, creio que logo poderemos fazer isto com responsabilidade e tranqüilidade, sem medo mas com todo o respeito que a situação exige. 

Em breve o isolamento será flexibilizado também para o ajuntamento nas igrejas e nas casas. Em breve poderemos voltar gradativamente a nos ver e nos abraçar. Em breve nos reuniremos em volta da mesa do Senhor para a Santa Ceia, e também em volta de outras mesas para estreitarmos nossos laços de comunhão. 

Tenha calma, mantenha a esperança, prepare seu o coração. O dia está chegando!

Um bom e abençoado dia.

Rev. Joel 

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