IPJ

Os discípulos ouviam atentamente a Jesus. Suas palavras evocavam a história do povo de Israel com Deus, e eles faziam parte desta história. A videira simbolizava o povo escolhido, e a figura do Agricultor apontava diretamente para o Deus Pai que selecionava os seus amados. No passado, Deus preparou os seus ramos através da sua Palavra; no presente dos discípulos e no nosso próprio presente, Deus nos purifica através desta mesma Palavra (v.3). Desta forma, somos conclamados a permanecer na videira para que possamos produzir frutos dignos do dono da vinha (v.4). 

Permanecer em Cristo implica em uma limpeza constante, a qual nos remete ao processo de santificação dos cristãos. Esta é feita pelo poder da Palavra (Lc 24.32) e sem esta limpeza ninguém verá a Deus (Hb 12.14). Somente quando nos dispusermos a expurgar nossos pecados, confessá-los diante de Deus e abandoná-los ao pé da cruz é que a santificação agirá positivamente em nós, nos preparando para a frutificação.

Sem permanecer na videira é impossível frutificar. Os ramos que permanecem são aqueles que foram enxertados, colados, presos definitivamente e de onde não podem e nem tampouco desejam sair. Estes produzem frutos agradáveis ao Senhor. Quem não permanece em Jesus não tem condições de fazer nada que efetivamente agrade a Deus. Quem permanece em Cristo terá suas orações atendidas porque aprenderá a pedir conforme o coração de Deus (1Jo 5.14).

Frutificar é a palavra de ordem. Jesus queria que seus discípulos entendessem que eles deveriam, como ramos limpos e bem dispostos, oferecer ao agricultor a colheita que ele esperava. Eles deveriam despender suas energias para que outras vidas fossem alcançadas e transformadas como eles foram, que outros judeus – e gentios – fossem alcançados pela graça restauradora e perdoadora do Senhor. 

Imagino que você se julga (como eu) um ramo que permanece na videira. Já deu algum fruto ao Senhor? Já se tornou instrumento da sua graça para alcançar outras vidas?

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel

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