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Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra” – Jo 17.6

 

O verbo grego utilizado e traduzido por “manifestar” é “phaneros” e significa tornar visível ou conhecido aquilo que estava escondido ou era desconhecido, e usar palavras, ações ou qualquer outro modo que torne evidente àquilo que se quer manifestar. 

O que estava escondido ou era desconhecido ao povo de Deus? O nome do Senhor. Parece algo sem sentido Jesus orar ao Pai (este verso faz parte da oração sacerdotal de Cristo) a este respeito. Concluímos então que existe algo mais a ser entendido nesta frase, a começar pelo nome de Deus. A primeira referência ao nome de Deus está em Êxodo 3.14. Moisés encontra a sarça ardente e do meio dela ouve a voz de Deus. Recebe dele uma incumbência difícil e Moisés pergunta: Quando os judeus perguntarem qual o nome do Deus que me enviou, que lhes direi? Então o Senhor revela o seu nome: EU SOU. Tornou-se uma espécie de tabu o nome de Deus, a tal ponto do povo não o pronunciar mais. Lingüistas tentam recuperar a fonética deste nome, e por isto existem proposições como Yavé e Jeová – vogais diferentes para uma mesma raiz hebraica. No entanto, o problema maior não é a fonética do nome, mas sim o “conteúdo” do nome. Cada palavra expressa significado (conteúdo) e significância (valor) e o esvaziamento do nome de Deus fez com que o povo não tivesse mais a devida intimidade e reverência. Mesmo entre nós, o conhecer o nome de alguém é o primeiro passo para estabelecer qualquer relacionamento mais próximo.

A missão do filho era revelar o Pai, mostrar quem ele é de fato e de verdade, restaurar o conhecimento dado a Moisés e colocá-lo a disposição dos escolhidos de Deus. Estes são os homens que o Senhor havia colocado à disposição de Jesus, homens que seriam despertos, teriam seus olhos desvendados para que pudessem conhecer de fato o Pai, homens que entenderiam e guardariam a palavra em seus corações. Somente quem conhece o Pai acredita no Filho, e somente quem conhece o Filho tem intimidade com o Pai e a sua Palavra. 

Jesus é o Deus encarnado cuja missão é revelar o Pai que o povo de Deus não conheceu no passado, apesar das suas muitas revelações através de milagres e maravilhas como a travessia do mar vermelho, o maná, as codornizes, a água em Mara, o dia que a terra parou com Josué, a seca de três anos e seis meses com Elias, as revelações dos profetas maiores e menores, enfim, do povo que não tinha conhecimento de Deus.

Hoje não é diferente. Apesar do nome de Deus ser pronunciado em todo o mundo, as pessoas que fazem uso dele nem sempre tem a real dimensão de seu conteúdo e seu valor. Somente aqueles que foram agraciados com a revelação de quem é Jesus e o conhecem como seu Senhor e Salvador é que conhecem o verdadeiro nome de Deus e, conseqüentemente, a sua pessoa. O nome de Deus só faz verdadeiro sentido para os eleitos de Deus, os que foram confiados a Cristo desde a eternidade e que demonstram isto guardando a Palavra em seus corações. Não é possível conhecer o Pai sem conhecer o Filho. Somente Jesus revela a verdadeira face de Deus.

Você conhece a Deus?

Um bom e abençoado dia.

Rev. Joel 

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