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“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” – Mt 7.11
A argumentação lógica de Jesus neste verso é impressionante. Ele usa algo bom que existe no coração dos homens (apesar deste coração ser corrupto, violento, maldoso e terrível) para exemplificar a disposição de Deus em abençoar seus filhos escolhidos.
O contexto apresenta o princípio da oração persistente diante de Deus e coloca isto como um relacionamento entre pais e filhos. Por uma questão de sobrevivência os filhos pedem com sabedoria aquilo que necessitam (alimento diário – pão e peixe), e seus pais – por mais malvados que sejam – não os decepcionarão e proverão aquilo que realmente é necessário para a manutenção da vida.
Do contexto e do texto podemos retirar as seguintes aplicações práticas: 1) Deus ouve as orações de seus filhos; 2) Deus é capaz de julgar quais petições são necessidades e quais são desejos triviais; 3) Deus não desampara seus filhos e lhes dá “boas coisas”. Sobre esta última questão, podemos entender que “boas coisas” não se resumem ao “pão nosso de cada dia”, mas que abrangem aquilo que precisamos para viver bem, para desenvolver nosso relacionamento com o Pai e com nosso próximo. “Boas coisas” são aquelas que se referem às “coisas do alto” onde nossos pensamentos deveriam estar cativos (Cl 3.2), no dom perfeito e em toda a boa dádiva que procede do Pai das luzes (Tg 1.17), de onde procede a sabedoria que é pura, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem fingimento (Tg 3.7), sabedoria que o Senhor dá com liberalidade a todos os que pedem (Tg 1.5).
Nosso maior problema é que não sabemos orar como convém, mas o Espírito Santo nos assiste em nossa fraqueza e intercede por nós (Rm 8.26). Muitas vezes nossas orações não são atendidas porque buscamos “coisas boas” com a intenção precípua de satisfazer nossos prazeres e desejos (Tg 4.3).
Quando você for orar novamente e pedir “coisas boas” para Deus (o que é lícito fazer), responda sinceramente a estas duas perguntas: 1) Se o seu filho pedisse o que você está pedindo ao Senhor, você daria?; 2) Estas “coisas boas” tornariam seu filho uma pessoa melhor?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel

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